Bate-lata!

9 08 2009

O músico Anselmo Parabá ministrou neste domingo a Oficina de Instrumentos Musicais com materiais reciclados, principalmente com as latas de refrigerantes, que foram consumidas durante a Feira do Empreendedor. Isso mesmo! Com Lata para a alegria de todo mundo que gosta de um batuque. Além das latas de refrigerante, foram utilizados tinta e cabos de vassoura, os participantes tiveram noção básicas de ritmo e chamaram a atenção de toda a praça de alimentação.

A oficina faz parte do trabalho do Instituto Mandala que atende 120 crianças no Bairro Tijucal em um projeto de educação musical que usa o lixo como matéria-prima para a construção de instrumentos percussivos. “A gente desenvolve chocalhos, tambores e toda uma linha de instrumentos convencionais com material reutilizado. Usamos lonas de banner e garrafas PET como peles para os instrumentos”, conta Anselmo. O projeto realizado até hoje de forma independente deve se ampliar graças a uma parceria da entidade com a SEJUSP (Secretaria Municipal de Justiça e Segurança Pública). Com essa parceria, mais três turmas, cada uma com 80 alunos, devem começar a ser atendidas a partir da próxima semana nos bairros Jardim Eldorado, CPA 4 e Bela Vista.

O Mandala trabalha com a idéia de realizar ações com custo zero. Na mesma linha das oficinas de percussão, o grupo trabalha com a perspectiva de formar uma Orquestra de Mochos feitos a partir de materiais reutilizados, utilizando uma diversidade de materiais alcançando diferentes sonoridades.

A proposta é utilizar um instrumento típico do Siriri para produzir música que mistura influências regionais e contemporâneas, no sentido de valorizar a cultura local, também, atraindo e ao mesmo tempo aproximando os jovens de suas raízes culturais. Essa linha do trabalho do Mandala, da Orquestra de Mochos com materiais reciclados deve contar com 100 participantes entre profissionais e iniciantes.

Mais
Saiba mais sobre o Instituto Mandala
Conheça o Mandala Soul





Preservação da identidade cultural na primeira edição da Ponto Ação Cultural

8 08 2009

Nesta primeira edição da revista Ponto Ação Cultural, o destaque vai para o Ponto Apowé estabelecido dentro da aldeia Wederã dentro da Terra Indígena Pimentel Barbosa em Canarana. A aldeia já tem 10 anos de trabalhos culturais, ambientais e educacionais além do fortalecimento da identidade do povo Auwé uptabi, palavra que significa povo verdadeiro e é a autodenominação dos Xavante. A aldeia conta hoje com 70 moradores e há 22 anos o povo trabalha fora da aldeia em uma filosofia de aprender a conviver com aqueles que chegam e estabelecer uma cultura e paz.

Esteve presente no lançamento da revista Severiá Maria Idiorê, representante da Aliança dos Povos do Roncador e uma das coordenadoras do Ponto. Ela conta que na região ainda existe conflito principalmente pelos estereótipos criados sobre os indígenas e pelo conceito de desenvolvimento. Por isso, eles começaram a falar primeiro com entidades de fora do estado onde, como explica Severiá, não existe sentimento, a briga pela terra e sobra espaço para que eles possam partilhar da cultura indígena com as pessoas que se interessam. Nesse contexto, o Ponto de Cultura funciona, entre outras coisas, com núcleos de vídeo, fotografia e história oral para documentar sua vida e registrar seus costumes. Uma parceira entre a Universidade Metodista e ONG Nossa Tribo produziu um vídeo sobre saúde e nutrição Xavante, premiado no México. “A gente viu que o mundo é muito rápido e que o contato com o branco tem o lado bom e o lado ruim. O lado bom é que a gente percebe que somos todos seres humanos”. O lado ruim é a exploração dos indígenas na mídia.

Na revista a fotorreportagem de Aila Oliveira Serpa e Thais Castro mostra a aldeia, seus indígenas e o ponto de cultura.

Mais
Acesse a revista www.acaocultural.org





Trançando os cabelos e valorizando a mulher negra

7 08 2009
Trança Afro na Feira do Empreendedor

Trança Afro na Feira do Empreendedor

Para mostrar uma das iniciativas de empreendedorismo cultural, a Central Única das Favelas (CUFA), de Cuiabá, participa da Feira do Empreendedor com os projetos Circuito Pixaim (com Oficina de Trança Afro) e Sericufa (Oficina de Serigrafia).

No dia 05 de agosto, foi realizada a oficina/palestra Sericufa, no qual os participantes puderam aprender com Maik Antonio os conceitos básicos do trabalho de serigrafia.

De 05 a 09 de agosto, os participantes da Feira que visitaram o espaço de Cultura e Negócios puderam conferir o sucesso da Oficina de Trança Afro que aconteceu ali mesmo no espaço aberto, com grande aglomeração de pessoas que ficavam encantados com o trabalho. Entre as participantes do projeto estavam presentes a jornalista Neusa Baptista e Fernanda Quevedo, ambas integrantes da CUFA, que falaram sobre “A representação da mulher negra nos meios de comunicação”. Na oportunidade foi apresentado o livro “Cabelo Ruim – A história de três meninas aprendendo a se aceitar”, de autoria da jornalista Neusa Naptista, além de três vídeos que mostram todo o conceito do Pixaim, através do empreendedorismo e também da valorização da beleza negra. A coordenadora da CUFA Cuiabá, Karina Santiago, falou também sobre “Empreendedorismo Feminino – As diversas formas de ações para as mulheres”.

As oficinas de Trança Afro foi coordenada pela cabelereira Ana Fashion todos os dias de 18h às 20h, no Espaço de Cultura e Negócios, na Feira do Empreendedor.

Mais

Saiba mais sobre o Pixaim
Assista os vídeos do projeto aqui, aqui e aqui.
Veja mais fotos da oficina aqui

Conheça a CUFA MT